sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Animais de poder - O Lobo



O Lobo é professor, precussor de novas idéias. Ele sai, aprende e volta ao seu clã para ensinar o que aprendeu. O Lobo quando encontra e escolhe uma parceira geralmente é para o resto da vida, é ligado á família, embora mantenha um caráter individualista e solitário. O Lobo partilha sua energia de cura com os demais. A energia desse animal nos ensina a buscarmos de nossa verdadeira matilha, nosso clã, família ou escolher um(a) companheiro(a) que possa acompanhar esse seu novo ciclo. Mas também importa, acima de tudo, é isolar-se de forma que possa escutar sua voz interior. Pode ser um isolamento em algum Lugar de Poder, ou se não for possível esse isolamento, busque pelos ensinamentos sagrados nos quais acredita para que a sua voz interior possa vir a manifestar-se com clareza. Busque sua intuição. Com certeza, se há algum impasse, ao invocar a energia do Lobo como animal de poder, você será impelido a aprender com sua própria sabedoria, ou com a sabedoria ancestral. Aprenda a escutar-se.


O lobo é gracioso, tem iniciativa, e ama a liberdade. Pessoas Lobo são geralmente muito confiáveis, generosas e com sentimentos profundos pelos seus amados. Seu objetivo máximo é encontrar a cultivar o amor em suas vidas. A qualidade do Lobo é a compaixão, e por causa disso é uma pessoa sensível, intuitiva e muito criativa. Sempre pronto a acudir quem precisa de ajuda, no fundo, o que o Lobo deseja é que respeitem seu espaço vital e sua liberdade de movimentos. É muito afetado pelos atos e palavras dos outros, e é com freqüência tímido. É porém sincero, reflexivo e digno de confiança. No amor é carinhoso, romântico e possessivo.
Combina com o Pica-Pau, o Urso Pardo e a Serpente
Deve cultivar: Intuição, criatividade e compreensão.Planta: TanchagemMineral: JadeCor: Azul EsverdeadoDireção: NordesteMedicina do Lobo: É a capacidade de atuar de acordo com a intuição e os instintos mais do que com o intelecto.


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Em desenvolvimento...


Esse blog ainda não foi abandonado por mim, hehehe....tive alguns contratempos e em breve terei novas postagens aqui, ok?


segunda-feira, 20 de abril de 2009

Da arte de viver...


Encontrei esse texto no Terra Mística, e me emocionei com ele....deixo aqui para compartilhar, como sempre faço com as coisas que me agradam e me são úteis, podem ser úteis a vocês também...
Espero que gostem, e que brotem das sementes destas palavras, muitas raízes e pequenas mudas de reflexão!




Se você quer um título universitário para compensar um complexo de inferioridade, abra mão do complexo, pois ele é algo artificial.

Quando você cursa uma universidade, não faz aquilo que você quer fazer. Você descobre o que o professor quer que você faça para receber o diploma e faz isto. Se você quer o título para dar aulas, o ideal é fazer o curso da maneira mais rápida e fácil. Tendo recebido o diploma, aí você expande a sua educação.

Recebi uma bolsa de estudos na Europa, e fui cursar a Universidade de Paris. Estava dedicando-me ao francês e ao provençal medievais e à poesia dos trovadores. Quando cheguei à Europa, descobri a Arte Moderna: James Joyce, Picasso, Mondrian - toda aquela turma. Paris, em 1927-1928, era outra coisa. Depois, fui à Alemanha, comecei a estudar Sânscrito e me envolvi com o hinduismo. Depois Jung enquanto estudava na Alemanha. Tudo estava se abrindo - deste lado, daquele lado. Bem, a minha dúvida na época foi: "Devo voltar para aquela garrafa?" Meu interesse pelo romance celta se fora.

Fui à universidade e disse: "Olha, não quero voltar para aquela garrafa". Tinha feito todas as matérias necessárias para o título; só precisava redigir a maldita tese. Não me deixavam ir para outro lugar e dar prosseguimento aos estudos, e por isto eu disse, vão para o inferno. Mudei-me para o campo e passei cinco anos lendo. Nunca tirei meu Ph.D. Aprendi a viver com absolutamente nada. Estava livre e não tinha responsabilidades. Foi maravilhoso.

É preciso coragem para fazer aquilo que você deseja.

Outras pessoas têm um monte de planos para você.

Ninguém quer que você faça o que você quer fazer.

Eles querem que você embarque na viagem deles, mas você pode fazer o que quiser.

Eu fiz isto. Fui para o mato e li durante cinco anos.

Foi entre 1929 e 1934, cinco anos. Fui para uma pequena cabana em Woodstock, Nova York, e mergulhei. Tudo que fazia era ler, ler, ler, e tomar notas. Foi na época da Grande Depressão. Eu não tinha dinheiro, mas havia uma importante distribuidora de livros em Nova York chamada Stechert - Hafner, e eu escrevia e pedia livros para eles - os livros de Frobenius eram caros - e eles me mandavam alguns exemplares, e eu não pagava. Era assim que as pessoas agiam durante a Depressão. Eles esperaram até eu conseguir um emprego, e então eu os paguei. Foi um gesto muito nobre. Fiquei realmente grato por eles.

Li Joyce, e Mann e Spengler. Spengler fala de Nietzsche. Vou a Nietzsche. Então, descubro que não se pode ler Nietzche sem ter lido Schopenhauer, e por isso vou a Schopenhauer. Descubro que não se pode ler Schopenhauer sem ter lido Kant. Então, vou a Kant.- bem, concordo, você pode começar daqui, mas é bem difícil. Depois Goethe.

Era excitante ver que Joyce estava na verdade, lidando com o mesmo material. Ele nunca menciona o nome de Schopenhauer, mas posso provar que esse foi uma figura importante na forma como Joyce construiu seu sistema.

Depois leio Jung e vejo que a estrutura de seu pensamento é basicamente a mesma de Spengler, e fico reunindo todo este material.

Não sei como passei esses cinco anos, mas estava convencido de que ainda sobreviveria a mais alguns. Lembro-me de uma ocasião em que tinha uma nota de um dólar na gaveta de uma cômoda, e eu sabia que enquanto ela estivesse ali, eu ainda contaria com meus recursos. Foi bárbaro. Eu não tinha responsabilidade, nenhuma. Era excitante - escrever meus comentários no diário, tentar descobrir o que eu queria. Ainda tenho tudo isto. Quando leio esse material hoje, não consigo acreditar. Na verdade, houve momentos em que quase pensei - quase pensei - "Caramba, gostaria que alguém me dissesse o que eu tenho de fazer", algo assim Ser livre, implica tomar decisões, e cada decisão é uma decisão que altera o destino. É muito difícil encontrar alguma coisa no mundo exterior que se ajuste ao que o sistema dentro de você tanto anseia. Hoje, sinto que tive uma vida perfeita: aquilo de que precisava apareceu justamente quando eu precisava. Na época, eu precisava viver sem emprego durante cinco anos. Isso foi fundamental.

Como diz Schopenhauer, quando você analisa sua vida em retrospecto, tem a impressão de que seguiu um enredo, mas, no momento da ação, parece o caos: uma surpresa atrás da outra. Depois, mais tarde, você vê que foi perfeito. E tem uma teoria: se você estiver seguindo seu próprio caminho, as coisas virão até você. Como é seu próprio caminho, e ninguém o percorreu antes, não existe um precedente; logo, tudo que acontece é uma surpresa, e na hora certa.

Nota: Sobre Joseph Campbell
Em março de 2004 comemorou-se o Centenário de Nascimento Joseph Campbell. Pesquisador, professor e escritor, Joseph Campbell foi um dos grandes intérpretes do mito do nosso tempo, fazendo-nos ver que os mitos não são histórias "de ontem" ou de deuses esquecidos, mas renovam-se diariamente como nossos sonhos e nossas energias.)

terça-feira, 7 de abril de 2009

O Tambor Xamânico - I


"O som do tambor afina nosso coração com o coração da Mãe Terra, desperta a energia individual e coletiva em ritos e cerimônias, sendo esta energia o despertar de nosso curador interno (...) A batida está dentro de nós, no nosso coração, e trazer essa batida para fora no tambor é exteriorizar nossa emoção, cantar esse momento sagrado, tocar o sopro da alma, vibrando para fora do corpo, é a expressão da alquimia da vida." (Léo Artése)

Peço perdão por citar um trecho tão grande da citação do Léo Artése, na verdade, não importa o quanto sabemos a respeito do uso de instrumentos de poder. O tema acaba sempre tomado por um clima de poesia e prosa, a própria inspiração que flui do espírito do instrumento sussurra no fundo da alma o que e como expressar."Roubei" este trecho do Léo Artése justamente por haver nele uma inspiração poética, onde as mãos do autor são apenas um canal aberto de comunicação do Divino.

Nas minhas experiências em particular, ouço o tambor como um eco das batidas do meu próprio coração, como se ele tivesse o poder de sincronizar as batidas do meu coração com as batidas do coração da Mãe Terra. Sem a menor sombra de dúvida, o tambor facilita a conexão com as profundezas da mente e do espírito com os ritmos do corpo físico, veículo essencial para a ampliação da consciência, assim harmonizando o indivíduo com os ritmos planetários e cósmicos.

A velocidade de toque para uma jornada xamânica varia de 150 a 200 batidas por minuto. São os sons repetitivos e monótonos que permitem ao xamã alterar sua consciência. O antropólogo M. Harner relata uma pesquisa feita em laboratório que o tambor produz modificações no sistema nervoso, pois as batidas são de baixa frequência, predominando o nível de frequência do eletroencefalograma.

Há histórias nativas que relatam que o tambor é um presente enviado pela Águia, animal que transita entre os mundos. Ou seja, o tambor nos foi dado pela Águia como um interceptor para nos comunicarmos através da linguagem sagrada do espírito. Os xamãs ao usarem o tambor, chamam por espíritos ancestrais ou eles mesmos viajam entre outras dimensões atrav´s do estado alterado de consciência.

O tambor deve adquirir uma alma antes de ser utilizado. O xamã desperta e identifica o espírito que reside no tambor. E só então, o instrumento será consagrado, seja com banho de ervas, evocações, defumações, canções, preces, etc... também será honrado o espírito do animal e da árvore sacrificados na confecção do tambor, pois estes espíritos continuam vivos, e residem no tambor. Nas palavras do Xamã Lakota Wallace Black Elk: " Quando você reza com o tambor, quando os espíritos ouvem esse tambor que ecoa, nossa voz superior é desobstruída"

UM XAMÃ SIBERIANO TOCA SEU TAMBOR (Piers Vitebsky)

"Baixando a cabeça para o tambor, o xamã começa a cantar baixo, lenta e melancolicamente. Bate o tambor em vários locais com batidas calmas espaçadas. Fica-se com a impressão de que está a chamar alguém, a reunir os seus auxiliares e a invocá-los de uma longa distância. Por vezes, bate o tambor com força e profere algumas palavras - o que significa que um dos seus auxiliares acaba de chegar. Pouco a pouco, a canção torna-se mais alta e a baqueta do tambor bate com maior frequência. Isso significa que todos os espíritos ouviram o chamamento do seu senhor e aproximaram-se dele. Por fim, as batidas no tambor tornam-se muito fortes, a tal ponto que aprece que vai arrebentar. O xamã já não contempla o tambor, mas canta em plenos pulmões. Agora, todos os espíritos se reunem.
Sem se deter na canção, o xamã coloca a sua armadura peitoral. Fica em pé no local, curvando-se ligeiramente e batendo os pés. O tambor respondeu ás batidas da baqueta com os mais diversos sons, desde sonoras batidas, com um tímido e agudo metálico, até o mais delicado dos rufares, um zunido suave e contínuo, acompanhado por um ligeiro tinido. O xamã usou ainda o tambor como um quadro refletor de som, de tal modo que, na escuridão, parecia que a sua voz se deslocava de um canto para outro, de baixo para cima e de cima para baixo."

terça-feira, 24 de março de 2009

Primeira postagem


Migrado do site www.ecoespiritualidadefeminina.blogspot.com

Em breve!